Certa feita, dois lenhadores, um jovem robusto e um velho experiente, aceitaram disputar quem cortaria a maior quantidade de lenha em um único dia. No dia determinado, estavam lá os dois, prontos para começar a disputa. Começaram o corte das árvores e o preparo das madeiras para serem empilhadas, de forma que facilitasse a medição. O jovem lenhador saiu na frente, e logo sua pilha ganhara destaque. O velho lenhador, mesmo com aparente desvantagem, parava a cada meia hora e se assentava atrás da sua pilha de lenhas. Com o passar das horas, a diferença foi diminuindo até que o jovem lenhador começou a perder. Ao final do dia o velho ganhou a disputa com grande vantagem. Sem entender a razão da derrota, o robusto jovem perguntou ao velho lenhador: “Por que, mesmo você parando a cada meia hora para se assentar atrás da sua pilha, você ainda assim ganhou a disputa?” O velho respondeu: “A cada vez em que eu parava, eu amolava o machado”.
É muito grande o número de pessoas que correm para todo lado na tentativa alucinada de produzir mais, e quando chega o final do dia, são invadidos pelo sentimento de impotência, porque a correria toda não trouxe nenhum refrigério para a alma cansada. Muitos são os homens de negócios que se levantam de madrugada, trabalham até o escurecer, retornam tarde da noite para casa, sonham com um dia de trinta horas e não sabem o que fazer com uma tarde de domingo. Muitos são os viúvos e viúvas de cônjuges vivos, e é enorme a quantidade de órfãos que têm pai e mãe. Ganham consideráveis quantias em dinheiro e alcançam o sonho de consumo, mas perdem a própria família. É enorme a quantidade de pessoas que não sabe parar para descansar. Quando menos esperam, as cordas de sustentação se rompem e tudo perde o sentido, inclusive a vida. Nesse ponto, dá-se início ao alcoolismo, parte-se para as drogas e infidelidades, e isso leva à tragédia final, que é o rompimento dos laços matrimoniais. Tudo isso debaixo de uma bandeira chamada “mundo moderno”. Enquanto tudo isso está acontecendo, as indústrias de antidepressivos quase não conseguem atender a demanda, que cresce assustadoramente.
Amados, não entrem nesta corrida louca. Sejam obedientes à Palavra de Deus, pratiquem os princípios bíblicos, tornem-se adeptos do Shabat, façam uma parada no final de cada ciclo semanal e façam uma avaliação da semana que passou à luz da Palavra de Deus. Parem para avaliar o produto, a produção, os relacionamentos e o cumprimento da missão, e vejam em quê Deus foi glorificado. Sejam humildes, encontrem as falhas, projetem as mudanças, revigorem a alma e preparem-se para uma nova semana, e que ela seja melhor que a anterior.
É preciso parar para renovar.
Rev. Sílvio Ferreira
