“Porque a mensagem que vocês ouviram desde o princípio é esta: que nos amemos uns aos outros. Não sejamos como Caim […]” (1João 3:11-12a)

Há algum tempo, o estudo nas células da igreja foi sobre o amor. Confesso que conhecia muito bem o versículo acima, mas não tinha reparado na sequência da argumentação, na qual o apóstolo do amor faz uma séria advertência em relação ao tipo de amor, referindo-se a Caim.

É normal e até admirável colocar nomes bíblicos nos filhos, mas creio que nunca encontraremos alguém que tenha colocado o nome de Caim em seu filho. Por quê? Porque não há nada recomendável nessa pessoa.

Que informação a Bíblia tem a respeito do amor de Caim? Nenhuma. Sabe-se que era uma pessoa muito invejosa, maldosa e complicada. O apóstolo do amor faz duas recomendações nos versículos citados. A primeira é para não nos esquecermos da mensagem que existe desde o princípio: de amarmos uns aos outros. A segunda: não sermos como Caim.

Amados, vamos ponderar sobre essa advertência do apóstolo. Pode ser que em alguma situação, de alguma forma, mesmo sem perceber, estejamos imitando Caim, causando males e desagradando ao Senhor. Ele entrou pelo caminho do desamor: deixou de amar a Deus e, como consequência, afastou-se do Senhor.

Caim deixou de amar a seu irmão, o justo Abel, e, em decorrência disso, começou a ser irritar com ele. Creio que, no início, apenas algumas coisas em Abel aborreciam a Caim; mas, com o passar do tempo, absolutamente tudo o incomodava, e, como resultado final, aconteceu o primeiro assassinato da história da humanidade.

Imaginemos: o que seria amar segundo Caim?

Amor que não se importa com a realidade. Cumprimenta-se o irmão, pergunta-se como ele está, mas não está preocupado com a resposta.

Amor que não se importa com a dor. Lança-se uma campanha de oração, mas a dor não é minha.

Amor que não se importa com a situação. A noite está fria, veste-se o pijama de flanela, fecha-se a vidraça, liga-se o aquecedor, mas nem sequer há lembranças do irmão que mora na casa inacabada e ainda não conseguiu comprar o vidro para revestir as janelas da sua casa.

Amor que não se importa em ser o primeiro. Eu, estando bem servido, minhas necessidades estando atendidas… ah, não dá para resolver o problema de todos.

Irmãos, amemos uns aos outros; não como Caim, mas como Jesus.

Rev. Sílvio Ferreira