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Tá muito difícil, meus irmãos

Passou a colheita, acabou o verão, e nós não estamos salvos.” (Jeremias 8:20).

Tenho pensado muito na situação do nosso país, e não tenho esperança para dizer que dias melhores estão por vir. Numa certa ocasião, quando vinha para a igreja, meu local de trabalho, vinha pensando na situação do nosso Brasil. O rádio estava sintonizado em um noticiário, e havia uma pessoa comentando a terrível situação que nos encontramos. Dizia o homem do rádio: o Brasil está cada vez mais longe do futuro, morar no Brasil está cada vez mais difícil, e aquele que puder ir embora para outro país não deve titubear. Quando é dito que se está cada vez mais longe do futuro, isso é uma afirmação categórica de que se está andando para trás. Tá muito difícil, irmãos.

Nesse mesmo dia, próximo da hora do almoço, eu me dirigi à agência bancária na qual recebo minha aposentadoria para provar que estou vivo. Peguei uma senha preferencial e subi uma enorme escada. Não demorou muito para que eu percebesse que a maioria das pessoas que estavam lá era portadora de senha especial; ou seja, praticamente todos que estavam lá tinham o mesmo objetivo que eu: provar que estavam vivos. Será que existe algum lugar no mundo em que as pessoas precisam fazer isso? Tá muito difícil, irmãos.

Quando chegou a minha vez, dirigi-me ao caixa, e uma funcionária muito gentil me atendeu. Eu disse que queria provar que estava vivo. Ela pediu o cartão da conta, um documento com foto e a senha. Eu disse que não sabia a senha, pois é a minha esposa que cuida desses detalhes para mim, e que iria ligar para ela. A moça disse que não se poderia usar o celular ali. Será que existe algum lugar no mundo em que as pessoas não possam usar seu celular num estabelecimento bancário? Tá muito difícil, irmãos.

Lá do lado de fora do banco, liguei para casa e peguei a senha de oito dígitos, que não estava correta. Tive que voltar lá fora novamente para pegar outra senha, essa de seis números, e essa deu certo. A mocinha imprimiu um papel afirmando que eu estou vivo. Ufa! Senti-me aliviado. Mas não pude evitar de pensar: se uma pessoa usa o celular para cometer crimes, não acontece nada com ela, mas o restante da população sofre. Se alguém frauda a aposentadoria, nada acontece, mas a população idosa é quem sofre as consequências por ter de ir até o banco amparada por familiares e cuidadores.  

Em meu retorno para a igreja, eu vinha caminhando e pensando se a igreja poderia fazer alguma coisa pela nação. Quando percebi que estava bem em frente a um templo evangélico, enxerguei um enorme cartaz na fachada, com os seguintes dizeres: “Agende mapeamento espiritual”. Misericórdia!

Tá muito difícil, meus irmãos. É preciso que homens e mulheres de Deus levantem um clamor pelo Brasil. Só Deus pode mudar os rumos desta nação.

Rev. Sílvio Ferreira

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