Parece que algo novo está acontecendo no cenário cristão: a percentagem de pessoas interessadas em crescimento tem aumentado, e a indiferença para com o conhecimento bíblico está diminuindo.
O importante pesquisador cristão George Barna tem apurado dados interessantes sobre o interesse dos cristãos atuais por mais conhecimento. Segundo ele, a taxa de cristãos que busca mais conhecimento bíblico subiu e, segundo informações atuais, esse número aumentou consideravelmente nos últimos anos. Contudo, algumas posturas da igreja são preocupantes e devem ser revistas urgentemente. Embora as raízes protestantes reformadas sejam firmes em seus valores, a influência neopentecostal tem se alastrado em várias áreas da igreja evangélica protestante, e uma das mais visíveis, e, por que não dizer, danosa, é a forma de evangelizar os de fora. Não são raros os casos de pessoas que fundamentam sua experiência de salvação somente no fato de terem confessado Jesus como seu único e suficiente Salvador.
É verdade que todos que se convertem confessaram e passaram a confessar Jesus diariamente, mas não podemos nos acomodar nessa declaração que se faz de Jesus como único Salvador se ela não estiver acompanhada de uma outra série de coisas. Paul Washer, diante de um vasto público, num congresso importante, disse que uma grande percentagem dos que ali estavam certamente iria para o inferno. Essa pregação lhe trouxe grandes oposições, mas ele não deixou de dizer uma valiosa verdade. Tem muita gente pensando que quando morrer irá morar no céu com Jesus simplesmente porque um dia alguém lhe conduziu na “oração da entrega” e recebeu Jesus como seu salvador pessoal. Entretanto, apesar disso, nada mudou na sua vida.
A igreja tem feito um grande mal às pessoas quando faz com que o adepto do cristianismo pense que é cristão quando de fato ainda não o é. A maior evidência de que uma pessoa não é ainda uma cristã verdadeira é a sua estagnação espiritual e o não abandono de velhos hábitos pecaminosos. Quer dizer, nada mudou. Amados, ao evangelizarem uma pessoa, não se deem por satisfeitos enquanto não a virem profundamente triste pelo seu pecado e maravilhosamente alegre pelo perdão e pela nova vida em Cristo Jesus.
Rev. Sílvio Ferreira
