Fala-se sempre em liberdade, exige-se muito a liberdade e sonha-se desesperadamente com a liberdade, mas poucos sabem ou mesmo têm experimentado o que é a verdadeira liberdade.
Para começar, se existe a verdadeira liberdade, é porque existe a falsa. Não fosse assim, não seria necessário o uso do adjetivo “verdadeiro”. Seria a verdadeira liberdade a prerrogativa de não ter que dar satisfação a ninguém? Ou, então, a capacidade de se fazer o que bem entender? Ou ainda, viver a vida sem qualquer limitação? Sem dúvida alguma, qualquer uma dessas atitudes conduzirá uma terrível escravidão.
O capítulo 8 do evangelho de João relata fatos interessantes sobre a liberdade, como segue: a mulher adúltera e os homens de seus relacionamentos pensavam que tinham a verdadeira liberdade para fazerem o que quisessem. Na realidade, ela e eles não eram livres, mas escravos do pecado. Na sequência, Jesus falou de luz e que os que o ouviam não tinham a verdadeira liberdade, porque viviam em densas trevas. Então, Jesus ensina que aqueles que permanecessem na sua palavra se tornariam seus discípulos, e se tornariam livres.
Nessa mesma linha, os nossos primeiros pais não foram criados num estado de neutralidade. Eles eram bons e tinham, com a ajuda de Deus, a capacidade de não pecar e de fazer o que é agradável a Deus. Contudo, eles optaram por pecar e perderam a verdadeira liberdade. O homem caído também não tem a verdadeira liberdade. Ele é escravo do pecado e não tem como não pecar, porque a verdadeira liberdade foi perdida na queda. No entanto, a verdadeira liberdade foi restaurada no processo da redenção, no qual o Espírito Santo regenera a pessoa, renova nela a imagem de Deus perdida na queda e dá início ao processo de santificação, de forma que o regenerado é capacitado a se voltar para Deus em arrependimento e fé e a fazer o que é agradável aos olhos do Senhor.
O apóstolo Paulo tem como seu tema predileto a liberdade em Cristo Jesus. Ao tratar este tema com os gálatas, ensina que Cristo nos fez livres para sermos verdadeiramente livres. Portanto, eu e você, que nascemos de novo, podemos fazer o que é agradável aos olhos do Senhor e viver a verdadeira liberdade.
Rev. Sílvio Ferreira