“Esdras, o escriba, estava num púlpito de madeira, que fizeram para aquele fim. Estavam em pé, ao lado dele, à sua direita, Matitias, Sema, Anaías, Urias, Hilquias e Maaseias; e à sua esquerda estavam Pedaías, Misael, Malquias, Hasum, Hasbadana, Zacarias e Mesulão” (Neemias 8:4).
O livro de Neemias sempre exerceu forte influência sobre minha vida. Gosto de lê-lo porque ele me desafia fazer as coisas com esmero, perseverança e oração.
Muitas coisas aconteceram em pouco tempo na cidade de Jerusalém. Os muros e portões já estavam restaurados, mas faltava a restauração do culto. Para isso, Neemias contou com outro homem de valor; seu nome era Esdras. Era um escriba versado na lei.
Neemias providenciou um púlpito de madeira em uma plataforma que acomodaria pelo menos quatorze homens em pé, que ficariam à esquerda e à direita do pregador Esdras. Então, o próprio Esdras e mais treze homens subiram naquele púlpito para a leitura da lei, e todo povo se levantou diante deles: homens, mulheres e crianças que já tinham entendimento.
Por que aquele púlpito era forte e zeloso?
Primeiro, aquele púlpito levava a sério as Sagradas Escrituras. Esdras glorificou ao Senhor e abriu o livro diante do povo, que ficou em pé, em sinal de reverência, para ouvir atento à Palavra.
Segundo, aquele púlpito tinha um único livro e nada mais. Ali não se contavam piadinhas e nem se faziam brincadeiras. Era um espaço separado para ler o único livro que deveria ser lido, que é a Palavra de Deus.
Terceiro, aquele púlpito não estava preocupado com o tempo. Esdras começou a ler quando o dia ainda nascia e foi até o meio-dia. Não havia o pensamento de uma palavrinha rápida, como acontece com frequência em nossos dias.
Quarto, aquele púlpito se esforçava para atingir o coração de todos. Muitos irmãos estavam no meio do povo para ensinar a cada um individualmente, de maneira que pudessem entender.
Por fim, aquele púlpito levou o povo à adoração. Todos se levantaram e responderam “Amém! Amém!”, levantaram as mãos e se inclinaram com o rosto em terra.
Amados, aquele púlpito fez toda a diferença na vida do povo, e promoveu um grande avivamento no Israel pós-exílio. Ele deve servir de modelo para os púlpitos de nossas igrejas, pois era um púlpito zeloso e levava a pregação a sério. A saúde da igreja depende da saúde do púlpito, e a saúde do púlpito depende de quanto tempo o pregador permanece na presença de Deus para ouvir a voz do Espírito Santo em seu coração.
Rev. Sílvio Ferreira