É da vontade de todo crente sincero ter uma vida cristã que agrade a Deus. Contudo, muitos não conseguem alcançar esse objetivo por algumas razões:
Falta de conhecimento. Ainda não houve entendimento da incapacidade do homem de resolver o problema do pecado e, por isso, tenta-se resolver por meios próprios. Isso deixa o coração mais endurecido.
Falta de consagração. Muitos se acostumam em viver nas imediações do evangelho; não se distanciam muito, mas não se aproximam o necessário para ter intimidade com Deus. É mais ou menos como aquele aluno medíocre que consegue a menor nota possível, que é o suficiente para passar de ano. É crente, mas nada da sua vida está à disposição de Jesus para ser usado no Reino.
Legalismo pecaminoso. Por ter um coração endurecido, não se consegue ver nem a própria pequenez e nem a grandeza de Deus. Isso conduz a um coração orgulhoso que rejeita a obra de Cristo na cruz e tenta resolver o problema da própria tendência ao pecado estabelecendo para si mesmo um código de postura.
Finalmente pode-se dizer que a falta da verdadeira conversão impede a busca pelo quebrantamento. Um coração sem a ação do Espírito Santo não tem sensibilidade para reconhecer sua tragédia espiritual e consequentemente jamais irá se humilhar na presença de Deus.
Após termos citado alguns dos obstáculos na busca pelo quebrantamento, vejamos o que pode nos levar à bênção tão maravilhosa de um coração quebrantado: o crente que o deseja de fato precisa se anular completamente e, de coração humilde e arrependido, mergulhado na graça de Jesus, deve se prostrar na presença de Deus. Contudo, isso nunca deverá ser um acontecimento pontual, e sim uma experiência contínua, sem nenhuma interrupção.
Se ainda assim não entendermos bem o que é ser quebrantado, nada melhor que dois testemunhos para nos orientar sobre isso. Jesus Cristo tinha um coração quebrantado, e a sua vontade era fazer a vontade do Pai em todo tempo. O segundo exemplo é o apóstolo Paulo, que alcançou um coração quebrantado quando deixou de viver por si mesmo para que Cristo vivesse nele.
O processo de quebrantamento dá início ao tratamento do pecado que promove tanta tristeza, e o resultado é o perdão de Deus, que promove alegria e paz. O quebrantamento nasce na esperança, fortalece-se na confissão, transforma o pecador, e abençoa grandemente a comunidade.
O maravilhoso é que, na busca para que Deus quebrante o meu coração, eu posso ser transformado em um servo quebrantado. Isso é algo fantástico para aquele que ama ao Senhor.
Rev. Sílvio Ferreira