Eu tenho a impressão de que o número de famílias que ainda pratica o culto doméstico é muito pequeno. Pode até ser que estejam acontecendo leituras e orações nas casas, mas de forma individual. Normalmente, os membros da família estão cada um no seu canto, afundados no seu isolamento.
Essa não é a vontade de Deus para seus filhos e representantes na terra. O que ele espera de cada família é que em cada casa haja um tempo reservado para o sentar-se aos seus pés, crescer na sua Palavra e recarregar as forças para um novo dia. Porém, o momento no qual vivemos está muito complicado. São inúmeras as demandas existentes e muitos atrativos são colocados nas prateleiras das casas, para roubar o pouco tempo que se tem.
Na minha história, existiram dois momentos interessantes de cultos domésticos. O primeiro foi com minha mãe, e o segundo, com os filhos mais novos. Na primeira situação, eu era o filho e a minha participação precisava ser conquistada; na segunda experiência, como pai, eu é que precisava conquistar a participação dos meus familiares. Creio que em ambas as situações houve muitas falhas; porém, os resultados foram bons.
Como pastor do rebanho e responsável pelo crescimento espiritual da família, vejo-me na obrigação de ajudar cada família na implantação dessa disciplina espiritual que se chama culto doméstico, para que as promessas da Palavra se cumpram nos lares. Em certa reunião do Conselho, foi apresentada uma proposta de ajudar as famílias a praticar essa grande bênção nos lares. Para isso acontecer, a liderança iria fornecer apoio aos sacerdotes da casa, a fim de que eles consigam êxito nessa empreitada. Sabíamos que não seria fácil, porque Satanás fará de tudo para impedir o sucesso.
Uma coisa é verdade: a casa que conseguir vencer as lutas e conseguir implantar o seu culto doméstico terá muitas vitórias. Algumas no curto prazo, e outras que serão percebidas somente no futuro, nos lares de seus filhos.
Para que essa disciplina espiritual tenha êxito em nossos lares, será necessário o apoio do pai, da mãe e dos filhos. Para cada fase da vida, haverá as facilidades e dificuldades do momento; entretanto, com esforço e perseverança, seremos vitoriosos.
Amados, estamos vivendo dias difíceis. É hora de colocar os joelhos no chão e a boca no pó para clamarmos pela misericórdia de Deus, para que essa geração não crie uma próxima geração que não conhece o Senhor.
Orem por essa bênção na vida de nossas famílias.
Rev. Sílvio Ferreira