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Eles descobrirão

“Eu lhes dou um novo mandamento: que vocês amem uns aos outros. Assim como eu os amei, que também vocês amem uns aos outros. Nisto todos conhecerão que vocês são meus discípulos: se tiverem amor uns aos outros” (João 13:34-35).

Pelo menos três implicações ficaram definidas no mandamento de Jesus aos seus discípulos. Primeiro, eles deveriam amar uns aos outros. Era uma ordem do Mestre. Segundo, eles deveriam amar na intensidade do amor de Jesus por eles. Finalmente, a marca do amor seria evidência do discipulado.

Nem sempre se entende a necessidade do amor nos relacionamentos. A sociedade conseguiu substituir amor por cidadania, algo muito comentado em nossos dias. O bom cidadão procura não atrapalhar a vida de seus colegas de trabalho, de seus vizinhos e de seus fornecedores e é um sujeito politicamente correto, mas totalmente esvaziado de amor. Aliás, não se precisa de amor para ser um bom cidadão; basta ser educado.

Ao observarmos a vida de famílias em um condomínio, percebemos bastante compromisso com cidadania e cumprimento de regras, mas nada de amor. Como sabemos disso? Pois, para que as regras sejam rigorosamente cumpridas, existem até algumas tabelas de multas para punir os infratores.

Jesus profetizou que no fim dos tempos o amor iria se esfriar, devido à multiplicação da iniquidade. Contudo, pode-se afirmar que a prática do amor sempre esteve aquém da necessidade em todas as épocas. Nos dias de Jesus, faltava amor entre as pessoas da mesma maneira que faltou nos dias de Noé, de Abraão, de Moisés, dos juízes e dos reis. Nunca houve uma época que o amor esteve sobrando. Contudo, quando olhamos para os discípulos de Jesus após a ascensão, percebemos a presença do amor no meio deles mesmo em meio a muitas imperfeições.

Não temos como avaliar o amor por todas as épocas da vida da igreja e nem como dizer com precisão se houve momentos com mais ou menos zelo quanto a isso, mas penso que podemos afirmar que o amor sempre esteve aquém do estabelecido nas Sagradas Escrituras. O padrão é elevadíssimo: o evangelho diz que Deus amou a humanidade tão profundamente a ponto de entregar seu único filho para salvá-la. João, em sua primeira carta, diz que devemos amar a ponto de dar a nossa vida pelo irmão. Paulo diz que o amor é maior que a fé e a esperança.

Existem algumas formas das pessoas revelarem que são cristãs evangélicas: portar uma Bíblia, o tipo de vestimenta, o comprimento do cabelo. Tudo isso revela os adeptos da fé cristã evangélica, ou então que não pertencem ao catolicismo. Porém, Jesus foi bem claro ao dizer: “Nisto todos conhecerão que vocês são meus discípulos: se tiverem amor uns aos outros.” As pessoas irão descobrir que somos seguidores de Cristo quando virem a marca do amor em nossas ações cotidianas.  

Rev. Sílvio Ferreira

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